Porquê "Redes ao quadrado"?

A forma física da rede da baliza e a posição de Guarda-Redes, onde tudo o que acontece é elevado ao quadrado... Os sucessos e os fracassos! As alegrias e as frustrações! O esforço e a dedicação! A entrega e a paixão!

domingo, 17 de abril de 2016

História com 116 anos: o primeiro golo de um guardião…

O dia 14 de Abril de 1900 ficou para sempre marcado na história do futebol mundial. Nesse dia, jogava-se uma jornada do Campeonato Inglês e a equipa do Sunderland Association Football Club recebia no seu estádio, Roker Park, o Manchester City.

O resultado e o jogo em si não foram certamente os motivos para esse dia entrar na história do futebol… O Sunderland bateu o Manchester City por 3-1! Contudo, seria o golo de honra da equipa visitante a fazer com que fosse escrita mais uma página a história da modalidade.


Numa jogada de ataque perdida do Sunderland, o guarda-redes do Manchester City, Charlie Williams, recuperou a bola e pontapeou-a com força para o meio campo ofensivo da sua equipa… Com tal potência aliada a uma fantástica precisão, a bola acabou por entrar na baliza do adversário e a partir daí, Charlie Williams, começou a ser chamado pelo primeiro “guardião atilheiro”, acabando por entrar para história do futebol.

Muitos outros já conseguiram tal feito, mas Charlie Williams levou consigo o mais valioso de todos! A história ninguém pode apagar…

Quem foi Charlie Williams?

Nome completo: Charles Albert Williams
Apelido: Charlie Willians
Nasceu: 19 de Novembro de 1873
Morreu: 1952 (78-79 anos)

– Começou sua carreira no Arsenal com apenas 18 anos.
– Entrou para a história do Manchester City por fazer parte do primeiro título do clube: A segunda divisão inglesa em 1899.
– Williams nunca foi convocado para a seleção inglesa.
– Retirou-se dos relvados em 1908. No mesmo ano, aceitou o convite para dirigir a seleção dinamarquesa.
– Charlie Williams foi contratado pelo Fluminense em 1911 para ser o treinador do clube.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Avaliação e controlo do treino de guarda-redes

Como é natural para qualquer treinador, o processo de treino é e será sempre alvo de avaliação dos seus atletas. É no treino que o treinador tem a oportunidade de agrupar e recolher informações sobre o desempenho do atleta que possam, posteriormente, ser refletidas em competição.

Por isso, e também porque é o treinador que tem de tomar as decisões, o atleta está em constante avaliação e controlo durante todas as unidades de treino em que participa, podendo estar a ser avaliado por métodos mais ou menos objetivos, fiáveis e válidos. Se tal acontece, o processo de treino só tem a beneficiar com os novos equipamentos e tecnologias, tal como com os diversos protocolos de avaliação de diversas capacidades que estão ao dispor dos treinadores.

Se for desenvolvido um bom trabalho ao nível do controlo e avaliação de treino, o treinador ficará realmente a conhecer como funciona o organismo do seu atleta nas diversas situações em que está exposto, o que vai trazer, certamente, um melhor rendimento do atleta, depois de avaliados os dados e ajustado o treino consoante as necessidades do jogador.

São diversos os fatores que podem ser controlados e classificados como influenciadores do rendimento, mas no caso do guarda-redes de futebol, aqueles que considero mais capazes de influenciar a performance do atleta são os fatores biomecânicos, bioenergéticos, psicológicos e técnico-táticos. As características e a especificidade da posição ocupada em campo fazem do guarda-redes, um dos atletas mais completos dentro de uma equipa… Têm que dominar por completo os aspetos técnicos e táticos exigidos para o seu papel em jogo, têm de ser rápidos, muito fortes física e psicologicamente!

Relativamente aos aspetos biomecânicos, considero a força e a velocidade como os de maior importância, sendo que a força explosiva, a velocidade de reação e a velocidade de execução assumem maior protagonismo nas ações que são solicitadas a um guarda-redes.

Quanto aos fatores bioenergéticos, considero que o treino específico de guarda-redes se deve focar em exercícios que solicitem o metabolismo anaeróbio (produção de energia sem utilização de oxigénio) e, consequentemente, as fibras musculares tipo II (fibras rápidas), já que a grande parte das ações que se verificam em competição são caracterizadas por movimentos explosivos e de curta duração.

Os fatores psicológicos também são muito capazes de influenciar os guarda-redes de futebol, visto que a posição ocupada no terreno de jogo traz ao atleta críticas e pressões que não estão sujeitas a outros jogadores. Desta forma, a performance do guarda-redes está diretamente relacionada com determinados requisitos psicológicos, como por exemplo, a capacidade volitiva, capacidade de atenção e concentração, dedicação, humildade e perseverança.

E como não podia deixar de ser, os aspetos técnico-táticos são também fundamentais para o rendimento do atleta, pois, tal como qualquer atleta que queira obter um bom rendimento, a técnica e a tática tem de estar totalmente dominada.

A meu ver, se estas variáveis forem controladas e avaliadas ao longo do tempo, a qualidade do processo de treino do guarda-redes apresentará visíveis melhorias. Contudo, nem sempre é fácil suportar alguns custos de equipamentos necessários para as avaliações, mas cabe ao treinador e à sua equipa técnica determinar quais as variáveis que merecem realmente ser tidas em conta, dependendo do nível, ambiente e contexto da equipa e do clube.

E… FAZER DE TUDO PARA POTENCIAR OS SEUS JOGADORES E A SUA EQUIPA!