Porquê "Redes ao quadrado"?

A forma física da rede da baliza e a posição de Guarda-Redes, onde tudo o que acontece é elevado ao quadrado... Os sucessos e os fracassos! As alegrias e as frustrações! O esforço e a dedicação! A entrega e a paixão!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

"Faltam guardiões de topo em Portugal" - Vítor Baía

Vítor Baía, antigo internacional, apresentou ontem às associações de futebol de todo o país o "Projeto 1 - Escola de guarda-redes", numa sessão realizada em Loulé, aproveitando o dia de descanso no Torneio Lopes da Silva, que decorre no Algarve.


"Queremos ser uma referência a nível mundial ao nível da formação de guarda-redes e de treinadores específicos dessa função", assinala Baía, "empenhadíssimo, motivado e cheio de orgulho" por dar corpo a este projeto.

"Faltam guarda-redes de topo e de referência em Portugal e queremos inverter essa situação. Tal não se conseguirá de um dia para o outro, mas acredito muito no que nos propomos fazer e seguramente colheremos frutos a longo prazo", assinala o antigo guardião.

No imediato a tarefa passa "por alargar o leque de escolha ao dispor das equipas técnicas das várias Seleções Nacionais e melhorar o treino e a preparação dos treinadores de guarda-redes".

Condições

O antigo internacional não esconde que "teria sido um guardião muito mais capaz se tivesse nascido uns anos mais tarde, beneficiando dos métodos de treino e de todo um conjunto de ferramentas hoje existente. Seguramente haveria, nesse quadro, um Vítor Baía mais equilibrado e muito melhor preparado para dar as respostas adequadas em todos os momentos do jogo".

Fonte: Record online

Dica #3 - SABER JOGAR COM OS PÉS

O futebol moderno exige cada vez mais dos jogadores, a nível físico, tático, técnico e psicológico, e a posição específica de guarda-redes não foge a essa evolução!

Com os modelos de jogo que se aplicam às características do futebol de hoje, os guarda-redes são quase que obrigados a saber jogar com os pés, dando soluções táticas e entrando na organização do jogo da sua equipa. Por vezes, existem jogos que exigem aos guarda-redes mais ações com os pés do que com as mãos, algo que torna fundamental a inclusão deste aspeto técnico no treino.

Treinar receções e reposições de bola para zonas específicas ajustadas à forma de jogar da equipa, treinar passes curtos e passes longos em situações que se assemelham ao jogo, treinar alívios de bola, treinar pontapés de baliza e treinar as decisões que devem ser tomadas em cada situação de jogo, deve ser algo a ter em conta pelo treinador de guarda-redes, dando a possibilidade aos seus guarda-redes de estarem incluídos no entendimento coletivo do jogo e de apresentarem maior eficácia quando forem chamados a intervir durante o jogo.

Atualmente, um guarda-redes completo é aquele que domina a técnica específica da sua posição e a técnica específica das posições dos seus companheiros de equipa. É aquele que tem um jogo de mãos e um jogo de pés a um nível ótimo e semelhante!

CLASSE E QUALIDADE, DO QUE É FEITO UM GUARDA-REDES!

domingo, 21 de junho de 2015

Captações Futebol de Formação | FC Maia Lidador

MOSTRA O QUE VALES!
Até ao final da época, todos os que acreditam que têm valor, podem treinar com os nossos atletas.


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Entrevista a Rui Silva | CD Nacional

O "Redes ao Quadrado" entrevistou o guarda-redes do CD Nacional, Rui Silva. O guardião internacional português esteve presente nesta época em vários jogos da Primeira Liga Portuguesa, enfrentado adversários como o FC Porto, SL Benfica e SC Braga. 

Rui Silva chegou ao CD Nacional na época 2012/2013, provindo do Maia Lidador e fez a sua estreia na Primeira Liga na época 2013/2014 contra o Gil Vicente. Na época 2014/2015 participou num total de 11 jogos, 9 deles na Liga e 2 na Taça da Liga.

Aqui se segue a entrevista ao jovem e promissor guarda-redes de 21 anos:

Rui Costa (RC): Começaste a jogar com quantos anos e o que te fez ir para a baliza?
Rui Silva (RS): Comecei a jogar com 9 anos e no início, o que me fez ir para a baliza foi através da iniciativa de um treinador meu, no clube de Futsal onde jogava, nos Restauradores. Depois comecei a gostar e tirei frutos disso!

RC: Qual o clube que mais te marcou? Porquê?
RS: Também não foram muitos, mas o clube que mais me marcou foi o Maia porque foi onde comecei a dar os passos mais alargados, a saber o que é jogar futebol de 11, a dar mais valor ao futebol e a perceber aquilo que eu queria para o meu futuro.

RC: Tens ou já tiveste algum ídolo?
RS: Eu baseei-me muito no Vítor Baía, posso dizer que foi um ídolo para mim. Neste momento posso dizer que me identifico mais com o Rui Patrício, mas não é tanto um ídolo...

RC: Como viveste a estreia na 1.ª Liga Portuguesa?
RS: A minha estreia na Primeira Liga foi contra o Gil Vicente, perdemos 1-0 mas foi um jogo complicado porque eu estava ansioso, mesmo sabendo que já tínhamos garantido a Liga Europa mas senti aquela pressão de jogar na Primeira Liga, algo que não é fácil por ser um nível já de excelência.

RC: Que estratégias utilizaste para lidar com a pressão nos momentos iniciais da tua carreira desportiva profissional?
RS: Sei que muitas das vezes não é fácil conseguirmos estar concentrados durante os 90 minutos mas tento-me abstrair, concentrar-me ao máximo no jogo e não olhar o que está à volta.

RC: E antes do jogo?
RS: Antes do jogo ouço a minha música, penso em tudo aquilo de bom que fiz até ao momento e que se errar não posso baixar a cabeça e tenho que seguir em frente.

RC: Para ti, qual é o avançado mais temível da Liga Portuguesa?
RS: Neste momento o avançado mais temível é o Jackson Martínez. É um jogador fora de série, tive o privilégio de jogar contra ele e é complicado, é um jogador muito forte fisicamente, tecnicamente e para mim é o melhor avançado.

RC: Que competências achas essenciais para um guarda-redes de sucesso?
RS: Hoje em dia os guarda-redes têm que ser completos. Para jogares ao mais alto nível tens que saber jogar bem com os pés... Antes de mais, tens que ser muito forte psicologicamente porque lidar com a pressão não é nada fácil e depois disso a qualidade técnica também faz toda a diferença, tens que ser bom entre postes, bom no jogo aéreo e hoje em dia a maioria dos guarda-redes de alto nível são todos completos.


RC: Quais os teus pontos fortes e menos fortes?
RS:  Os meus pontos fortes... Tenho boa qualidade a jogar com os pés e a nível de jogo aéreo também penso que sou bom! Mas como todos, também tenho os meus pontos fracos e o um contra um, neste momento, é aquilo em que não sou tão bom mas espero conseguir sê-lo no futuro.

RC: Que objetivos pretendes atingir a nível profissional?
RS: Todos nós traçamos objetivos e queremos sempre algo mais! Chegar ao Maia foi já um grande objetivo que era jogar futebol de 11. Depois disso, o meu objetivo era subir e consegui chegar ao Nacional, foi muito importante, e agora quero trabalhar bem para no futuro puder jogar num clube de maior dimensão. Os nossos objetivos têm de ser sempre pensar mais, mais e mais... A nível de seleção, pretendo chegar à seleção A, é o sonho de qualquer um! Não é fácil lá chegar mas com trabalho vamos lá ver o que é que se vai suceder.

RC: Que conselhos darias aos jovens guarda-redes?
RS: Conselhos? Nem sei se aconselhava ser guarda-redes (risos)! Ser guarda-redes é muito diferente. Não é fácil porque somos o último a ser batido e muitas das vezes podemos estar a fazer um grande jogo mas se cometemos um erro no último minuto deitamos tudo a perder. Mas os conselhos que eu dou é para seguirem os vossos sonhos, trabalhem ao máximo e com muito querer vão conseguir chegar ao sucesso, aliado à qualidade de cada um.

Um muito obrigado ao Rui Silva e uma excelente continuação de carreira!


"Quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza"

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Os 10 mandamentos do Guarda-Redes

Na verdade, um Guarda-Redes para ser competente, terá que desenvolver muitos recursos, centenas, pois cada lance é diferente do outro. Nunca uma defesa, será igual a uma outra. É uma novidade a cada remate, a cada cruzamento, a cada adversário. Por isso, um Guarda-Redes tem que aprender todo dia e não aprenderá o suficiente.

1.º mandamento:
Gosto pela baliza
Gostar muito de jogar na baliza, todo Guarda-Redes tem que ser um apaixonado pela posição, caso contrário ele logo desiste, pois ser Guarda-Redes não é nada fácil.

2.º mandamento:
Aprender sempre, observando os grandes Guarda-Redes, os medianos, e até com os amadores é possível aprender algo novo. Muitos jovens pensam que só se aprende com os Guarda-Redes famosos. 

3.º mandamento:
Jogo e treino: No jogo vale tudo, defender de canela de nariz e tudo mais, já nos treinos , tem que se treinar corretamente, respeitando sempre os fundamentos. É nos treinos que se corrige as falhas para então jogar de forma correta.

4.º mandamento:
Para um Guarda-Redes não existe bola indefensável, assim, a busca pela perfeição será eterna. Um Guarda-Redes nunca está satisfeito e deve pensar sempre que é possível fazer o impossível.

Esforço e dedicação no treino é fundamental!
5.º mandamento:
O treino mais chato é o que mais engrandece o Guarda-Redes. Aquele treino chato que nenhum gosta é o que faz a diferença entre, ter recurso ou não ter os recursos necessários na hora da defesa. Fazer a ponte é fácil, trocar de mão é fácil, mas pegar a bola que bate no chão meio metro antes, saltar na bola rasteira, buscar a visão e colocação necessária com uma barreira à sua frente, cortar um cruzamento, às vezes não é fácil, por isso tem que ser treinado exaustivamente e corretamente.


6.º mandamento:
Transforme os seus pontos fracos em pontos fortes e será completo. É necessário treinar mais os pontos deficientes do Guarda-Redes. Por exemplo, se é fraco do lado esquerdo, então a prioridade é treinar mais esse fundamento. Se é lento no tempo de reação, priorize isso. Treine mais o específico e menos os fundamentos básicos.

7.º mandamento:
Guarda-Redes , não vive de passado e terá que provar a cada treino a cada jogo que é o melhor. Ao contrário de um avançado, o Guarda-Redes terá que provar sempre.

8.º mandamento:
Confiança e muita humildade!
A bola mais fácil, pode se tornar a bola mais difícil. Nunca pense que uma bola é fácil, tome sempre os cuidados necessários. O "frango" costuma ser resultado do descanso com a bola fácil.

9.º mandamento:
Acredite, você pode ser o melhor, com dedicação e humildade pois apenas os humildes aprendem, já os arrogantes serão limitados.

10.º mandamento:
Um Guarda-Redes evolui até quando pensa que sabe tudo, aí ele torna-se medíocre e decadente. Então, pense que sabe muito, mas não tudo!


Top 10 Defesas Ligue 1 | Época 2014/2015

Terminado o campeonato francês, a organização da Ligue 1 decidiu reavaliar as melhores defesas de todos os topos semanais e compilar as 10 melhores num único vídeo, em jeito de "prenda de final de época".

São verdadeiros espetáculos dados pelos guarda-redes e merecem ser vistos e revistos por todos os apaixonados pelo futebol!

Benoit Costil foi o grande vencedor!
Benoit Costil (Stade Rennais), foi o guardião premiado com a melhor defesa do ano, depois de fazer algo "quase" impossível e de evitar um golo "quase" certo...


terça-feira, 9 de junho de 2015

"O guarda-redes tem de ser um atleta global"

No último dia do 2.º Congresso Internacional de Treino de Guarda-redes, Hugo Oliveira, Fernando Ferreira, Ricardo Pereira e Hugo Ribeiro, treinadores do Eagle One – departamento de guardiões do Benfica –, fizeram uma pequena demonstração de treino, com alguns exercícios.

Momentos antes de Fernando Ferreira iniciar a sessão, Hugo Oliveira explicou qual a ideia "transversal a todos os técnicos" de guardiões nos encarnados: "No Benfica há uma só maneira de estar. Criámos um modelo e escolhemos os treinadores para uma só forma de estar e pensar." Mas, afinal, que modelo é esse? "Guarda-redes de decisão. Hoje em dia, o jogo é cada vez mais rápido e obriga os guarda-redes a tomar decisões muito rapidamente. De antecipar, de reagir no momento. Para o guarda-redes, já não é apenas defender, uma vez que existem outros momentos importantes. Uma equipa, um guarda-redes, um só pensar. É este o nosso lema", explicou.


Usar os pés


O futebol está constantemente a evoluir e, como tal, é preciso aumentar as capacidades. "Um guarda-redes de uma equipa grande, do Benfica, tem de ter a capacidade para iniciar jogo com os pés, para distribuir jogo rápido. É um atleta global", referiu Hugo Oliveira, que se mostrou "orgulhoso com o desenvolvimento do projeto".

"Aquilo que é mais gratificante é sentir a evolução. Podemos ver um guarda-redes a jogar e sabemos que é da formação do Benfica. Porque tem um modelo de jogo, tem um perfil, tem um forma de estar diferente. O guarda-redes do Benfica sabe o que fazer e como fazer em determinadas situações.Não existem modelos nem metodologias perfeitas. O importante é haver uma ideia bem definida e nós, Benfica, temos a nossa ideia e defendemo-la com unhas e dentes" (...)

Fonte: Record online

segunda-feira, 1 de junho de 2015

"Rui Patrício tem de ir à procura de títulos"

Em representação da sua Fundação e em mais uma iniciativa solidária, Vítor Baía celebrou o Dia Mundial da Criança, na manhã desta segunda-feira, na Maia, onde fez as delícias de dezenas de jovens. À margem da festa, o antigo guarda-redes do FC Porto e da Seleção Nacional falou do atual número 1 de Portugal e do Sporting.

"Em que lugar coloco o Rui Patrício no futebol português? É o guarda-redes da Seleção Nacional e, ontem, mais uma vez, demonstrou toda a sua qualidade”, começou por observar Vítor Baía, referindo-se à exibição do guardião leonino na final da Taça de Portugal.

Questionado, depois, sobre as possibilidades de Rui Patrício atingir o topo Mundial ao serviço do Sporting, onde não tem tido muito acesso a títulos – em 9 épocas no plantel principal soma apenas duas Supertaças e três Taças de Portugal – Vítor Baía foi taxativo: “Uma carreira preenche-se de títulos importantes e o Rui terá obrigatoriamente de ir à procura disso. Se é no Sporting ou não, não faço ideia. Isso já me ultrapassa. Cada um faz as suas opções e vê o que é melhor para si. Mas que a carreira necessita de outros contornos e de estar em equipas que possam ganhar sempre, isso é uma realidade, porque é isso que dá confiança e é isso que ajuda à evolução.”

Fonte: Record online