Porquê "Redes ao quadrado"?

A forma física da rede da baliza e a posição de Guarda-Redes, onde tudo o que acontece é elevado ao quadrado... Os sucessos e os fracassos! As alegrias e as frustrações! O esforço e a dedicação! A entrega e a paixão!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Rui Patrício está na top3 do Ranking IFFHS das balizas!

Mais um “prémio” e reconhecimento para o ano de 2016 de Rui Patrício, recentemente campeão europeu por Portugal.

Neste ano já venceu o prémio de melhor guarda-redes em Portugal, o melhor do Europeu’16 e também o segundo guarda-redes com mais votos na Bola de Ouro. Além disto tudo, foi eleito o terceiro melhor guardião do mundo em 2016, só atrás de Neuer e Buffon, na votação promovida pela IFFHS.


O guardião português contou com 50 votos e Neuer com 156 e Buffon com 90. As votações foram feitas por alguns especialistas de 56 países e a lista total das balizas foi a seguinte:

Eis o ranking da IFFHS:

1- Manuel Neuer (Alemanha/Bayern Munique), 156 pontos

2- Gianluigi Buffon (Itália/Juventus), 91 pontos

3- Rui Patricio (Portugal/Sporting) 50 pontos

4- Claudio Bravo (Chile/Barcelona/Manchester City), 45 pontos

5- David De Gea (Espanha/Manchester United) 37 pontos

6- Jan Oblak (Eslovénia/Atlético de Madrid) 31 pontos

7- Hugo Lloris (França/Tottenham), 29 pontos

8- Keylor Navas (Costa Rica/Real Madrid), 18 pontos

9- Thibaut Courtois (Bélgica/Chelsea) 13 pontos

10-Denis Onyango (Uganda/Mamelodi Sundowns), 5 pontos

11-Petr Cech (República Checa/Arsenal), 4 pontos

12-Samir Handanovic (Eslovénia/Inter Milão), 2 pontos

13-Marc André Ter Stegen (Alemanha/Barcelona), 1 ponto

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Dica #7 - LEVA O TREINO COMO SE FOSSE UM JOGO!

Todo e qualquer atleta que queira atingir ou manter um alto rendimento tem, obrigatoriamente, que treinar muito e ainda mais importante, treinar bem!

O guarda-redes não foge à regra... muito pelo contrário.

Atualmente, o papel do guarda-redes no jogo e a importância do seu treino específico tem vindo a assumir maior relevância no processo de formação e desenvolvimento do jovem atleta até à idade sénior.

Contudo, esse facto não se traduz, por si só, numa melhoria drástica do desempenho do atleta. Falta o resto... E o resto, por diversas vezes, depende muito do atleta. 

Cada vez mais é visível a fraca capacidade de luta das crianças e dos jovens, a dificuldade que têm para entender que "nada cai do céu", que nada se alcança sem trabalho e dedicação e que a conquista só não tem sabor amargo se for conseguida com muito esforço, sacrifício e sentimento de que tudo foi feito para que os sonhos se façam realidade!


Um guarda-redes sem isto nunca conseguirá fazer a transformação de sonho-realidade, nunca!! E essa capacidade só a vai verdadeiramente ganhar nos treinos.

Para que assim seja, o treino tem que ser jogo, a motivação tem que ser a mesma, a disciplina tem que ser a mesma, o rigor tem que ser o mesmo e o espírito de sacrifício tem que ser ainda maior. E isso, só  o guarda-redes pode dominar e controlar.

Portanto, aproveita cada segundo do treino como se fosse o último segundo que te conseguisse levar ao sucesso, aplica-te ao máximo em cada defesa, esforça-te em cada ação que surja para intervir como se fosse determinar a vitória ou a derrota da tua equipa, o teu sucesso ou o teu fracasso!

No futebol como na vida, o vencedor é aquele que se ergue mais vezes e não aquele que reclama em cada adversidade. As coisas boas hão-de aparecer...

DEIXA-TE DE DESCULPAS E TREINA COMO UM "MONSTRO"!!

domingo, 12 de junho de 2016

“Sou guarda-redes, não top model” – Gábor Király

O veterano guardião da Hungria, Gábor Király, falou sobre a sua habitual escolha de equipamento, preferindo as calças em detrimento dos calções. Este vestuário já passou mesmo a ser a imagem de marca do guarda-redes húngaro de 40 anos, que irá defrontar Portugal no Euro 2016.



"É essencialmente uma questão de conforto. Joguei em campos pelados, às vezes no inverno a relva está fria e molhada, isso magoa as pernas quando temos de nos fazer à bola."

Király é conhecido como o “homem do pijama” e admitiu que até já tentou usar calções, mas a experiência não correu muito bem e levou-o a optar definitivamente pelas calças um número acima do seu tamanho.

"Uso calças largas para facilitar os movimentos. Tentei usar calções quando joguei na Alemanha e na Inglaterra, mas não me agradou. O resultado final é mais importante do que a aparência. Sou guarda-redes, não um top model."

Király já representou a Hungria por 103 vezes e é visto como um jogador chave para o selecionador Bernd Storck.

“Sempre lhe disse que a idade para mim não é importante. Não me importo com o facto de um jogador ser novo ou velho, tem é que ser bom, e o Gábor é bom. É uma figura carismática, que irradia confiança”, afirmou o treinador da seleção da Hungria.

A Hungria será adversária de Portugal no dia 22 de junho, numa partida a disputar em Lyon e a contar para a terceira, e última, jornada do Grupo F.

domingo, 17 de abril de 2016

História com 116 anos: o primeiro golo de um guardião…

O dia 14 de Abril de 1900 ficou para sempre marcado na história do futebol mundial. Nesse dia, jogava-se uma jornada do Campeonato Inglês e a equipa do Sunderland Association Football Club recebia no seu estádio, Roker Park, o Manchester City.

O resultado e o jogo em si não foram certamente os motivos para esse dia entrar na história do futebol… O Sunderland bateu o Manchester City por 3-1! Contudo, seria o golo de honra da equipa visitante a fazer com que fosse escrita mais uma página a história da modalidade.


Numa jogada de ataque perdida do Sunderland, o guarda-redes do Manchester City, Charlie Williams, recuperou a bola e pontapeou-a com força para o meio campo ofensivo da sua equipa… Com tal potência aliada a uma fantástica precisão, a bola acabou por entrar na baliza do adversário e a partir daí, Charlie Williams, começou a ser chamado pelo primeiro “guardião atilheiro”, acabando por entrar para história do futebol.

Muitos outros já conseguiram tal feito, mas Charlie Williams levou consigo o mais valioso de todos! A história ninguém pode apagar…

Quem foi Charlie Williams?

Nome completo: Charles Albert Williams
Apelido: Charlie Willians
Nasceu: 19 de Novembro de 1873
Morreu: 1952 (78-79 anos)

– Começou sua carreira no Arsenal com apenas 18 anos.
– Entrou para a história do Manchester City por fazer parte do primeiro título do clube: A segunda divisão inglesa em 1899.
– Williams nunca foi convocado para a seleção inglesa.
– Retirou-se dos relvados em 1908. No mesmo ano, aceitou o convite para dirigir a seleção dinamarquesa.
– Charlie Williams foi contratado pelo Fluminense em 1911 para ser o treinador do clube.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Avaliação e controlo do treino de guarda-redes

Como é natural para qualquer treinador, o processo de treino é e será sempre alvo de avaliação dos seus atletas. É no treino que o treinador tem a oportunidade de agrupar e recolher informações sobre o desempenho do atleta que possam, posteriormente, ser refletidas em competição.

Por isso, e também porque é o treinador que tem de tomar as decisões, o atleta está em constante avaliação e controlo durante todas as unidades de treino em que participa, podendo estar a ser avaliado por métodos mais ou menos objetivos, fiáveis e válidos. Se tal acontece, o processo de treino só tem a beneficiar com os novos equipamentos e tecnologias, tal como com os diversos protocolos de avaliação de diversas capacidades que estão ao dispor dos treinadores.

Se for desenvolvido um bom trabalho ao nível do controlo e avaliação de treino, o treinador ficará realmente a conhecer como funciona o organismo do seu atleta nas diversas situações em que está exposto, o que vai trazer, certamente, um melhor rendimento do atleta, depois de avaliados os dados e ajustado o treino consoante as necessidades do jogador.

São diversos os fatores que podem ser controlados e classificados como influenciadores do rendimento, mas no caso do guarda-redes de futebol, aqueles que considero mais capazes de influenciar a performance do atleta são os fatores biomecânicos, bioenergéticos, psicológicos e técnico-táticos. As características e a especificidade da posição ocupada em campo fazem do guarda-redes, um dos atletas mais completos dentro de uma equipa… Têm que dominar por completo os aspetos técnicos e táticos exigidos para o seu papel em jogo, têm de ser rápidos, muito fortes física e psicologicamente!

Relativamente aos aspetos biomecânicos, considero a força e a velocidade como os de maior importância, sendo que a força explosiva, a velocidade de reação e a velocidade de execução assumem maior protagonismo nas ações que são solicitadas a um guarda-redes.

Quanto aos fatores bioenergéticos, considero que o treino específico de guarda-redes se deve focar em exercícios que solicitem o metabolismo anaeróbio (produção de energia sem utilização de oxigénio) e, consequentemente, as fibras musculares tipo II (fibras rápidas), já que a grande parte das ações que se verificam em competição são caracterizadas por movimentos explosivos e de curta duração.

Os fatores psicológicos também são muito capazes de influenciar os guarda-redes de futebol, visto que a posição ocupada no terreno de jogo traz ao atleta críticas e pressões que não estão sujeitas a outros jogadores. Desta forma, a performance do guarda-redes está diretamente relacionada com determinados requisitos psicológicos, como por exemplo, a capacidade volitiva, capacidade de atenção e concentração, dedicação, humildade e perseverança.

E como não podia deixar de ser, os aspetos técnico-táticos são também fundamentais para o rendimento do atleta, pois, tal como qualquer atleta que queira obter um bom rendimento, a técnica e a tática tem de estar totalmente dominada.

A meu ver, se estas variáveis forem controladas e avaliadas ao longo do tempo, a qualidade do processo de treino do guarda-redes apresentará visíveis melhorias. Contudo, nem sempre é fácil suportar alguns custos de equipamentos necessários para as avaliações, mas cabe ao treinador e à sua equipa técnica determinar quais as variáveis que merecem realmente ser tidas em conta, dependendo do nível, ambiente e contexto da equipa e do clube.

E… FAZER DE TUDO PARA POTENCIAR OS SEUS JOGADORES E A SUA EQUIPA!

sexta-feira, 18 de março de 2016

Ser guarda-redes com…62 anos de idade

Sim, 62 anos de idade. Peter Gatehouse tem 62 anos e, além de ser o guarda-redes mais velho no ativo, deve ser também o mais fiel a um clube: 38 anos ao serviço do clube inglês Modern FC, da sexta divisão da Bournemouth Hayward Sunday League.
Uma carreira longa e que o guardião não pensa em terminar tão cedo. Com 38 anos a defender as redes do Modern FC e com 785 partidas disputadas, Gatehouse é o habitual titular da equipa inglesa (apenas não foi utilizado por uma vez).

No entanto, a carreira deste experientíssimo guardião esteve nem sequer para começar. “Eu fiz dois ou três amigáveis pelo Modern e depois um guarda-redes lesionou-se e perguntaram-me se não estava interessado em ficar com o lugar dele”, afirmou Peter Gatehouse. “Eu pensei que ia durar apenas duas ou três semanas, mas eu continuei. Mesmo quando o guarda-redes voltou à sua forma eu mantive-me na baliza e de lá não saí.” rematou o guardião inglês.

Já foi avisado pelos médicos que precisa de um joelho novo mas Gatehouse não pensa no fim da carreira até atingir o principal objetivo: chegar às 800 presenças na liga. Os três jogos que faltam disputar não são suficientes para atingir tal marca, por isso terá de jogar mais um ano.

A história de um guardião que viveu a vida nas balizas e que demonstra que nada acontece por acaso. O que podia nem ter começado, tornou-se numa história de 38 anos em conjunto.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Dica #6 - PÉS A MEXER!

Na maioria das vezes que um guarda-redes consegue fazer levantar um estádio, a atenção foca-se exclusivamente no momento final da defesa, naquele momento em que todos começam a gritar golo e a magia surge entre os postes!

Na verdade, essa magnífica defesa começa a ser desenhada uns milésimos de segundo antes do tal adorado momento. Sim, uns milésimos de segundo!! Para um guarda-redes podem ditar o sucesso ou o fracasso, a defesa da noite ou o golo da vitória do adversário...

E nesses mínimos instantes, o sucesso ainda está junto à relva, nos pés! Mais propriamente no terço anterior, ou seja, na "pontinha" dos pés.

Se assim é, a característica de deslocamento na baliza deve assumir grande importância nos exercícios de treino, tal como a frequência dos apoios no solo. Esses fatores é que vão fazer com que o guarda-redes se movimente mais rápido na baliza e se posicione adequadamente consoante a posição da bola.

Por isso, se és guarda-redes e queres deixar os adeptos sem palavras para as tuas defesas, não te esqueças também de trabalhar os teus deslocamentos e aqueles saltinhos curtos e rápidos que tantas vezes são observados nos grandes guarda-redes, visto que eles são tão importantes como as técnicas específicas de queda e de receção de bola, por exemplo, e te vão ajudar muito a diminuir o tempo de reação ao remate.

Dá a devida atenção a este aspeto em todos os treinos e mesmo que os teus técnicos não te chamem a atenção para tal, tenta sempre ser o mais rápido possível a movimentar os teus apoios em cada lance que surja para intervires.

Se as restantes técnicas estiverem bem apuradas, depois de melhorares o teu movimento/deslocamento de pés e a sua frequência de apoio, certamente que grandes defesas vão aparecer quase por magia!

"PONTINHAS" DOS PÉS A MEXER E SIGA VOAR!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Formação, são os pais os piores formadores? - José Taira

Estas novas gerações necessitam perceber que futebol não é para quem pode, mas sim para quem quer.

Portugal sempre foi um país em que os jovens naturalmente nascem com habilidade para jogar à bola. Em qualquer espaço de rua, conseguiram sempre idealizar um campo de futebol e para isso bastava-lhes colocar duas pedras de cada lado e pôr a bola a rolar. Árbitro era coisa que não existia. Com mais ou menos jeito a paixão alimentava o sonho, pois eram eles que queriam ser jogadores de futebol. Viviam numa época em que os pais os deixavam “largados” até ao pôr do sol a jogar, sem problemas de segurança pois qualquer vizinho sabia onde estavam. Hoje, são as crianças ou são os pais que querem que seus filhos sigam as pisadas de Cristiano Ronaldo para serem as tábuas de salvação para as dificuldades da vida?

Os nossos jovens devem desenvolver, em primeira mão, o gosto e o hábito pela prática desportiva regular, uma natural atitude positiva de participação e persistência, sabendo que o erro faz parte do processo normal de aprendizagem, pois só assim se conseguem passar as dificuldades e ter conhecimento do que é necessário trabalhar para continuar a desenvolver um conjunto de competências imprescindíveis para um adequado crescimento do jovem futebolista.

A formação desportiva tem de ser delineada de forma integrada no plano académico e no seu relacionamento familiar, procurando que todos os intervenientes conduzam no sentido certo e adequado crescimento do jovem. Formar é uma tarefa de muita paciência e atenção em cada etapa do seu desenvolvimento, pois o futebol de alto nível não tem nada a ver com a formação.

Quem lá consegue chegar, não tem de ter somente boas condições técnicas - tem que reunir um conjunto de competências que passam pelo espírito de sacrifício, sentido de compromisso e gestão de expetativas, competências estas que devem ser os pais a fomentar e trabalhar. Estas novas gerações necessitam perceber que futebol não é para quem pode, mas sim para quem quer.

Os pais têm papel fundamental na formação se não alimentarem ilusões irreais e não conduzirem os seus filhos como simples marionetas ao ponto de lhes criarem traumas, que podem até matar o simples prazer de jogar à bola com os amigos no quintal da vizinha.

Neste longo percurso de formação, onde aparecem as frustrações normais de insucesso ou as ilusões exacerbadas do sucesso, são os pais o principal porto de abrigo de uma criança que aspira e tem o sonho de ser jogador de futebol e estes devem ter um papel fundamental na gestão destas expectativas de sucesso ou insucesso.

Numa geração em que tudo é de fácil acesso, em que nos habituámos a dar aos nossos filhos aquilo que nunca tivemos, sem depois fomentar a estima pelas coisas, devemos fazê-los sentir o quanto é difícil conseguir as coisas, pois só damos verdadeira importância às coisas quando as perdemos.

Fomentem nos vossos filhos o espírito de conquista, vontade de vencer, capacidade de sofrer e dar a volta aos problemas, que sejam eles a conseguirem dar a volta por cima.

Não joguem por eles, deixem-nos jogar.

Fonte: Visão online

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Dica #5 - FAZ MUSCULAÇÃO!

Cada vez mais o guarda-redes se assume como um jogador completo, talvez o mais completo dentro de uma equipa. Essa complexidade deve-se ao facto de ser exigido ao guarda-redes um leque de atributos em diferentes ações do jogo.

Assim, é natural que o guarda-redes deva apresentar bom desempenho a nível técnico, tático, físico e psicológico. Visto que todos esses níveis apresentam uma importância elevadíssima na posição de guarda-redes, o aspeto físico não pode ser esquecido!

Aliando as cargas de treino em campo com as cargas de treino em ginásio, o atleta vai com certeza melhorar o seu desempenho em jogo. Para que tal aconteça, é importante que seja realizado um trabalho de força reativa-explosiva em ginásio (caracterizado pela utilização de cargas mais baixas mas com uma velocidade de execução máxima), combinado com um trabalho de hipertrofia nos casos em que seja notória a necessidade de ganho de massa muscular.

É importante que o trabalho em ginásio seja inteiramente acompanhado por um preparador físico ou por um instrutor de cárdio-musculação, visto que as necessidades do guarda-redes, tal como a posição que ocupa em campo, são específicas.

Com um trabalho de ginásio bem realizado, o guardião vai melhorar diversas capacidades físicas essenciais para o seu bom rendimento, tais como a velocidade de reação, impulsão, equilíbrio, força dos membros superiores e capacidade de explosão, ao mesmo tempo que reforça os seus músculos e articulações prevenindo lesões.

MUITA VONTADE DE FICAR GRANDE E FORTE... E NINGUÉM TE PÁRA!!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O «Buffon pequenino» de Guimarães que pega no megafone e canta com adeptos

João Miguel Macedo Silva é, aos 20 anos, dono da baliza do Vitória e no próximo sábado será ele o último defensor da muralha de Guimarães, no duelo contra o bicampeão nacional Benfica. Na antecâmara do duelo, o zerozero.pt foi conhecer melhor a história do «Buffon pequenino», como é carinhosamente conhecido na Vila de Ponte (concelho de Guimarães), onde cedo percebeu que queria fazer vida entre os postes da baliza. Esta é a história do guarda-redes que tem embalado no berço para a ribalta do futebol.

"O Miguel não vai mudar e será sempre uma caixinha de surpresas"

«Eu não gosto de dar entrevistas. O mérito é todo do Miguel. Ele merece o que está a viver», começou por nos dizer, Virgínia Encarnação, vice-presidente do Ponte, ela que conhece Miguel Silva desde pequeno e sempre acompanhou a evolução do «menino», como ainda lhe chama.

«É humilde, trabalhador e está preparado. Nunca se deixa influenciar e é um miúdo muito simples. Para vocês terem uma noção, quando vem ver os nossos jogos, fica na bancada mas se me vir vai logo ter comigo. É uma criança grande. É muito responsável», esclareceu Virgínia Encarnação.

Fã de Buffon e Vitória até morrer

João Miguel Silva já cantou durante um jogo acompanhando o ritmo da claque, já pegou no megafone dos adeptos quando terminou um jogo. Não sendo caso único, é pouco comum ver um guarda-redes num patamar elevado do futebol português, com esta idade, a fazer o que ele faz. Diz quem o conhece que «é assim» e «sempre foi assim». «O Miguel não vai mudar e será sempre uma caixinha de surpresas», revelou-nos, destacando que o «futebol é isto, é alegria».

Aos 20 anos, João Miguel Silva defende as redes de um clube com tradição e estatuto na Liga portuguesa. Usa o número 56 nas costas e leva o símbolo do rei no peito. Antes, no Ponte, era somente «Gian Miguel». A razão é simples. «Ele sempre foi fã do Buffon. Então, a primeira camisola dele aqui no Ponte dizia apenas Gian Miguel», recordou-nos Virgínia Encarnação, que gosta de ver miúdos como João Miguel Silva triunfar no mundo do futebol.

«Este é o triunfo do futebol das crianças, que se apaixonam pela bola e têm alegria no jogo. É este o futebol que todos gostamos e que nos dá orgulho», finalizou sobre o guarda-redes que na época 2007/08 foi sinalizado para fazer treinos de captação no Vitória. Acabaria por não ficar no emblema vimaranense. Regressou ao Ponte, rumando depois ao Vizela.

Acabaria por regressar ao Vitória de Guimarães na sequência de uma grave lesão de Miguel Palha, que obrigou a estrutura vitoriana a contratar um guarda-redes para a sua equipa secundária. O resto da história é por todos conhecida. Sérgio Conceição apostou nele e João Miguel Silva vai cumprindo aquilo que os adeptos (como ele) cantam: "Eu só quero é ser feliz na cidade onde eu nasci e poder me orgulhaaaaar que o Vitória é grande e Guimarães é o meu lugaaarrr".

Fonte: zerozero.pt

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Adultos à força: quem quer dar a baliza a um adolescente?

Toulouse lançou jovem de 16 anos no último jogo, depois de Donnarumma se ter destacado no AC Milan. Vítor Baía acredita que tendência é para casos destes aumentarem e acha que Portugal entrará na onda.

Chama-se Alban Lafont, tem cara de miúdo, mas de balizas percebe ele. O Toulouse fez história este sábado na Liga francesa ao entregar a baliza a um jovem de 16 anos, imitando o que o AC Milan fizera recentemente com Gianluigi Donnarumma. Numa posição em que, por ser tão específica, a tendência é para apostar na experiência, estes casos não podem ser ignorados.


Até porque, diz-nos a história, vários dos melhores guarda-redes de sempre afirmaram-se numa equipa sénior ainda em idade precoce. Buffon, Casillas ou Neuer, por exemplo, apenas para citar alguns dos mais mediáticos da atualidade. 

É impossível prever o futuro de Lafont ou Donnarumma, mas o primeiro passo está dado. E, muitas vezes, por ser o mais difícil, é também o mais importante. 

No caso de Lafont, ao ser titular frente ao Nice, tornou-se o mais jovem guarda-redes da história da Liga francesa, com 16 anos e dois meses. A anterior marca pertencia a Mickael Landreau que, aos 17 anos e cinco meses, foi titular num Nantes-Bastia.

(...)

A propósito destes casos, o Maisfutebol conversou com Vítor Baía. Também ele um talento precoce das balizas e, agora, coordenador do «Projeto 1», uma ideia da Federação Portuguesa de Futebol para formar os guarda-redes do futuro. 

Baía vê com bons olhos estas apostas precoces, pois não tem dúvidas: «Antes dos 20 anos, um guarda-redes já está preparado para assumir uma baliza.» 

«A tendência é para cada vez mais jovens aparecerem mais cedo. Tem a ver com a qualidade do treino e a evolução das Ligas. Ficam mais cedo preparados para defender as suas equipas e trazem conceitos novos», explica. 

Não será do nada porque o futebol é um mundo em que nada é oferecido. «É preciso haver uma conjugação de fatores, entre os quais a sorte, para que haja uma aposta efetiva. Acontece com quase todos os jovens no início de carreira. Depois é preciso agarrar essa oportunidade», descreve.

(...)

«Não pode pensar que pode correr mal. Quando há uma aposta é porque as pessoas acreditam no valor da pessoa. É um risco calculado. Não vale a pena apostar se vai estar com medo de poder prejudicar a progressão de um jovem», alerta.

Nesse âmbito, acredita que ainda há trabalho a ser feito em Portugal, nomeadamente. Na Liga portuguesa predominam guardiões estrangeiros e experientes. «É uma mentalidade que é preciso mudar. Esse paradigma tem de ser alterado e a verdade é que há equipas a trabalhar muito bem. Acredito que em cinco, seis anos a tendência será completamente invertida», projeta. 

E explica porquê: «O mais importante é porque sei que há qualidade. Depois tem a ver com a evolução do treino e a evolução do trabalho dos treinadores de guarda-redes. É esse, também o objetivo da Federação com este projeto.» 

Em setembro deste ano foi dado o primeiro passo. A convocatória da seleção sub-16 integrou o dobro do habitual número de guarda-redes. Seis em vez de três. «Queremos que seja uma prática comum nas seleções nacionais, por causa da partilha de metodologia. É um trabalho que estamos a levar, também, às Associações. Queremos passar a ideia que vale a pena apostar nos jovens. Este é o caminho», encerra.

(...)

Lançar guarda-redes em idades madrugadoras pode ser um risco, mas também é certo que, se olharmos para grande parte das referências na posição nos últimos anos, no futebol europeu, quase todos começaram a construir o currículo bem cedo. 

Veja-se Gianluigi Buffon. Unanimemente considerado um dos melhores guarda-redes italianos de sempre, começou a jogar no Parma de Nevio Scala com 17 anos. Foi num duelo com o Milan de Roberto Baggio e Weah. E manteve a baliza inviolável. 


Iker Casillas, que agora defende as redes do FC Porto, também assumiu a baliza do Real Madrid com 18 anos, aproveitando uma lesão de Bodo Illgner. Olhando para os donos da baliza dos outros grandes de Portugal, vemos situação idêntica. Júlio César fez o primeiro jogo pelos seniores do Flamengo com 18 anos, embora só tenha agarrado o lugar aos 21. Rui Patrício foi aposta de Paulo Bento no Sporting com 18 anos. Um ano depois relegou Tiago para o banco. 

Lá por fora há ainda Manuel Neuer, que para muitos é, hoje, o melhor do mundo, e começou a jogar no Schalke 04 aos 20 anos, por aposta de Mirko Slomka. Petr Cech tinha a mesma idade quando assinou pelo Rennes, de França, depois de ser lançado aos 18 anos no Chmel Blsany, da República Checa. Thibout Courtois fez ainda melhor: estreou-se no Genk com 16 anos e explodiu com 18. Aos 19 já estava no Atlético Madrid. E por falar nos «colchoneros», também pode ser lembrado o caso de David de Gea, que se estreou num jogo da Liga dos Campeões, no Dragão, com apenas 19 anos. Na altura, entrou para o lugar do lesionado…Roberto (esse mesmo). 

Por fim, dois exemplos de guardiões que já deixaram os relvados mas foram referências incontornáveis ainda neste século. Oliver Kahn sobreviveu a uma goleada de 4-0 na estreia pelo Karlsruher, porque Winfried Schafer não desistiu dele: aos 21 agarrou o lugar, aproveitando uma lesão de Alexander Formulla. O holandês Edwin Van der Sar começou a jogar no Ajax com 20 anos, pelo mão de Leo Bennhakker. Também aproveitando o azar alheio, no caso de Stanley Menzo.

Leia aqui o artigo completo
Fonte: MaisFutebol

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Salário de Donnarumma sobe para um milhão de euros anuais

O jovem guarda-redes Gianluigi Donnarumma, do Milan, está a protagonizar uma ascensão meteórica na carreira. Depois de assegurar a titularidade na baliza rossonera, terá a folha salarial revista.

O clube milanês vai aumentar substancialmente o ordenado de Donnarumma, que passará a auferir um milhão de euros anuais, contrastando com os 160 mil euros que recebe atualmente.

Este aumento prevê também um prolongamento da ligação do guardião de 16 anos ao Milan. O novo dono das redes de San Siro vai assinar até 2019, visto que os menores de idade estão restringidos a contratos de três anos.

Donnarumma leva quatro jogos com a camisola do Milan, esta época, ultrapassando Diego López e Abbiati na hierarquia de guarda-redes do clube.

Fonte: A Bola online

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Guarda-Redes: O Monstro da Psicologia

Um jogador de futebol não é feito apenas de técnica e tática! Por diversas vezes, o poder psicológico torna-se muito mais importante que os aspetos técnicos ou táticos exigidos pelo treino e pelo jogo. Será, talvez, na posição de guarda-redes que essa característica psicológica mais se acentua, pelo facto de o guarda-redes estar sujeito a pressões e tomadas de decisão distintas dos restantes jogadores.

Deste forma, a performance do guarda-redes está diretamente relacionada com determinados requisitos psicológicos, como por exemplo a capacidade volitiva (tomada de decisão, disponibilidade para o esforço, preserverança); capacidade de atenção (concentração, intensidade); função cognitiva (capacidade percetiva, capacidade de raciocínio, capacidade de imaginação e memória) e capacidade psicossocial (capacidade de cooperação). Como a nossa capacidade de captar muita informação é limitada, devemos concentrar na informação mais relevante, o que nos leva a destacar a concentração como uma capacidade com elevada importância na performance desportiva e em particular, dos guarda-redes. Um guarda-redes mais concentrado será um guarda-redes com melhores condições para ler e antecipar o estímulo do adversário e, também, dos seus companheiros de equipa, o que levará, certamente a uma melhoria no seu rendimento.

Para Voser et al. (2006), o guarda-redes deve ter uma grande capacidade de concentração estando a todo o momento focalizado nas situações de jogo, deve ser corajoso para enfrentar qualquer dificuldade que surja no jogo, deve ser um líder, demonstrando-o na capacidade de comandar os colegas e de se assumir como o organizador da defesa, deve demonstrar tranquilidade nas suas acções transmitido desta forma confiança para os restantes colegas e deve ter iniciativa não esperando pelas acções do adversário, mas antecipando aquilo que estes irão fazer. O mesmo autor refere também que para se tornar um bom guarda-redes, além de qualidades físicas, técnicas, e psicológicas excepcionais e de muito treino, deverá ter como características intrínsecas: dedicação, humildade, vontade de aprender, personalidade, perseverança e muitos outros adjectivos que se preconizam no atleta que decide ser guarda-redes.

Torna-se assim fundamental que no processo de treino sejam fornecidos estímulos positivos, feedbacks e abordagens cognitivas que reforcem e estimulem a busca pelos objetivos para que a motivação e a concentração nas tarefas seja maior.

Serpa (2006) refere que as intervenções psicológicas no desporto visam contribuir para o desenvolvimento de capacidades e estratégias psicológicas que ajudem o atleta a aproximar-se do potencial numa lógica de treino em que se integrem todas as dimensões do desempenho.

Posto isto, é crucial o papel do treinador de guarda-redes na moldagem destas características psicologicas que cada vez mais surgem como fundamentais no desempenho dos guarda-redes, tanto em situação de treino como de jogo!

MUITA FORÇA (NA MENTE E NO CORPO) E MUITAS DEFESAS!

sábado, 14 de novembro de 2015

Casillas: 100 jogos sem sofrer golos na seleção

1.º GUARDA-REDES A CONSEGUIR TAL FEITO

Iker Casillas tornou-se no primeiro guarda-redes a atingir os 100 encontros sem sofrer golos pela seleção espanhola, nos 165 que já leva.

«É muito bom para qualquer guarda-redes, mas sobretudo para a equipa», disse o guardião espanhol do FC Porto, no final do jogo.

Ao ser titular pela Roja, Casillas igualou Astafjevs como jogador europeu com mais internacionalizações, como aqui lhe demos conta e pode recordar.

Casillas estreou-se pela Espanha em junho de 2000, num duelo frente aos suecos, que os espanhóis empataram. Guardiola marcou o golo de Nuestros Hermanos.

Fonte: zerozero.pt

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Keylor Navas bate recorde com 113 anos

O guarda-redes do Real Madrid entrou, esta terça-feira, para a história do clube e da Liga dos Campeões, alcançando recordes de imbatibilidade ímpares.

O jogo contra o Paris SG, em casa, ditou um número histórico para Keylor Navas, que não sofreu nenhum golo desde a sua estreia na Champions, a 26 de novembro de 2014. Assim, o guardião leva já 540 minutos com as suas redes intactas, o que é histórico na prova, já ninguém tinha conseguido mais de 529 minutos sem ser batido ao estrear-se na Liga dos Campeões.

A cumprir a segunda época com a camisola do Real Madrid, Keylor Navas começa a ganhar o seu espaço na equipa, assegurando o lugar deixado por Casillas.Por outro lado, Navas é o primeiro guarda-redes do Real Madrid a somar nove jogos oficiais em casa sem ser batido, algo que nunca aconteceu nos 113 anos do clube. O guardião merengue não sofre um golo em casa, em partidas oficiais, desde 15 de janeiro de 2015, um jogo contra o Atlético Madrid, em que Fernando Torres abanou as redes do costa-riquenho por duas vezes.

Fonte: zerozero.pt