A coordenação motora é a capacidade que o ser humano possui para utilizar de forma mais eficiente os músculos esqueléticos, resultando numa ação global mais natural e coordenada. Este tipo de coordenação pode ser avaliado através de movimentos que exijam velocidade, agilidade e energia, tornando importantíssimo o seu desenvolvimento nos guarda-redes. O sistema sensorial e o sistema músculo-esquelético atuam na coordenação motora e através da sua interação possibilitam um conjunto de reações e ações equilibradas, o que faz com que a velocidade e agilidade com que a pessoa responde a certos estímulos determine a sua capacidade motora.
No futebol, a coordenação motora permite que o jogador seja mais capaz de realizar as várias ações no jogo, uma vez que a sua mente possui um maior controlo no seu corpo e em todos os movimentos que executa.
A coordenação motora pode ser classificada em dois tipos: coordenação motora grossa e coordenação motora fina.
Na coordenação motora grossa verificamos o uso de grupos musculares maiores e o desenvolvimento de habilidades como correr, saltar e rematar. O cérebro controla os músculos esqueléticos e permite dominar movimentos do corpo por inteiro em situação de equilíbrio.
Na coordenação motora fina verificamos a utilização de grupos musculares de menor dimensão, como das mãos e dos pés que têm principal influência em movimentos mais precisos e delicados, em habilidades como o manuseamento da bola, o passe, a receção e os deslocamentos curtos e velozes que caracterizam a posto de guarda-redes.
Então, sabendo das habilidades que englobam os dois tipos de coordenação motora, torna-se crucial o desenvolvimento em treino das mesmas, de forma a melhorar e potenciar os gestos técnicos/específicos que um guarda-redes deve dominar.
Nos escalões de formação este aspeto deve ser tomado em conta com maior relevância, uma vez que as crianças e jovens possuem maior potencial e facilidade em atingir bons patamares de coordenação motora se as cargas de treino neste domínio forem suficientemente exigentes e satisfatórias.
Em baixo ficam alguns exemplos de exercícios que se podem realizar, com maior ou menor complexidade, para trabalhar diferentes habilidades especificas do guarda-redes através da coordenação motora.
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